quinta-feira, maio 11, 2006

Essa tal religião. Ou o que fazem dela.

Mais dois capítulos da série "Cafagestafem no Oriente Médio"

Capítulo 1: Prestem atenção nesse sujeito abaixo.



Ele é Israel Asher Valas, um charedi (judeu ultra-ortodoxo) de 19 anos e morador da mesma cidade que eu: Jerusalém.
Aluno de uma yeshivá, casado, pai de um filho.
Ou era.

Valas
é o principal suspeito de ter assassinado seu filho de 3 meses de idade simplesmente atirando-o na parede porque, a princípio, o bebê estaria chorando muito.

Tudo bem, alguns podem pensar.
Loucos psicopatas existem aos montes e podem ser judeus, cristãos, muçulmanos, budistas e por aí vai.
Não precisaria pegar no pé do religioso por causa disso.
Pelo menos não no sentido que eu pretendo.

Abaixo, a ambulância saindo com o corpo do bebê...



Agora me respondam: o que deve ocorrer com o suspeito de um homicído? Ser preso, não!?
E foi exatamente o que aconteceu...

O que não foi normal (apesar de comum) foi a reação de parte da "comunidade" ultra-ortodoxa de Jerusalém.

Com sua ignorância e brutalidade já conhecidas, vários charedim foram às ruas do bairro Mea Shearim e, como de costume, prostestaram imbecilmente contra a prisão de Valas.
Eles afirmam que foram usados "métodos descabíveis" no depoimento do acusado, sendo "fabricada a confissão" do crime.
Uma proteção estúpida, um "corporativismo" tolo dessa gangue que se finge de religiosa mas que não passa de uma quadrilha de arruaceiros que usam o nome de Deus para justificar suas safadezas.

Vejam abaixo um pouco do estrago feito pelo comportamento selvagem dos ultra-ortodoxos no bairro (bloqueado e incendiado por eles).


Segundo a mulher de Asher Valas (a mãe do bebê), "o problema é que eles são charedim e não árabes, por isso o comportamento é tão cruel".
Estúpida ao quadrado.

De qualquer forma, a história é bem mais complicada.
Estão envolvidos tios, primos, um advogado que só conversa em ídishe com o réu, prisão domiciliar e outras picuinhas.
Mas deu para entender o que eu quis dizer...

Para um pequeno vídeo da confusão, clique aqui!
Para ler mais sobre o caso (em inglês), clique aqui!

Capítulo 2: Assistam ao pequeno vídeo abaixo.

Vejam só (e notem) a sinceridade desse senhor que reza (pelo menos, teoricamente, é o que ele deveria estar fazendo) numa
mesquita aparentemente no Irã.

É o homem que está sendo apontado com uma seta vermelha na foto abaixo.
Ao olhar para a câmera e perceber que está sendo filmado, toma uma atitude inesperada (para a gente)...
Velho sem vergonha!


Para assistir ao vídeo, clique aqui!

Tudo isso é para vocês, leitores, enxergarem que esse Oriente Médio está mergulhado (dentre outras coisas) em mentiras, em fraudes, em tragédias.
E boa parte da culpa vem da religião. Ou do que fazem dela. E não importa qual.

Desculpem-me os religiosos. Mas aqui, o negócio é sério...
"Rapadura é doce mas não é mole não..."

ps1: Como eu prometi, vai mais um clip israelense.
Lembram do cantor Mosh ben Ari?

Prometi que postaria uma música dele no Blog do Bean.
E promessa é dívida.
Aproveitem que o som é bacana!!!


8 Comments:

At 5:11 PM, Anonymous Anônimo said...

hahahaha, que véio sem vergonha. Deve tá chorando pq o time dele Al-Al-IL caiu pra terceira da liga árabe. Quanto a notícia do urubu que isolou o bêbe na verdade foi um equivoco, ao tomar o décimo gol no winning eleven contra seu maior rival o rabinão ficou doido isolou tudo que estava por perto inclusive o bebe. lembre-se de não acusar ninguem sem provas meu amigo rin.

 
At 7:59 PM, Blogger Gabriel Toueg said...

Pegou pesado, Bean!! Mas tem razao no que voce sente. De vez em quando da raiva mesmo. Outro dia um pirralho ortodoxo veio me pedir um cigarro na rua (logo a mim, que nao fumo). Nao pensei duas vezes, mandei o cara ir trabalhar! Enfim, coisas desse pais.

O video do sujeito na mesquita eh otimo. Ele devia estar pensando nas 72 virgens, por isso a distracao. E foi flagrado. Sorte dos nossos ortodoxos que no Shabat nao se pode fotografar ou filmar...! Conveniente!

Abs, shutaf!

 
At 10:06 PM, Anonymous Anônimo said...

Bean, mais uma vez, ei de concordar com leo...tratando-se de winning tudo eh possivel ate um isolamento de bebe. Como nao imaginar que ele tava na final mundial contra o gran-rabinon e de repente "tshav" , aquele mesmo do milan, avancou pela direita e fez um gol em que a bola bateu no zagueiro Gigantion e entrou... eu, nao sei quanto aos outros, mas EU isolaria facil meu bebe... Em protesto a falsas acusacoes...

 
At 1:21 AM, Anonymous Anônimo said...

Que tal fazer uma enquete sobre o que aconteceu com o companheiro quando estava rezando?
Michel.

 
At 5:12 PM, Anonymous Anônimo said...

Que foi o Winning eleven é fato! Vosso escritor mesmo é dono de um curriculo invejavel no que tanje atitudes extremas no ambito do futebol virtual... a discussao pra mim vai alem disso, será que é pertido jogar winning para um ultra-ortodoxo???

 
At 6:18 PM, Blogger Carlos Reiss said...

Atitudes extremas no âmbito do winning eleven significa cafuringar na defesa inteira da dupla adversária e marcar um gol de plaquis?

 
At 5:01 PM, Anonymous Anônimo said...

opa opa, não conheço nenhum cafuringa. não vi, não lembro, não existe. só sei que eu só meto golaço, isso sim é atitute extrema!

 
At 10:24 AM, Blogger NoKas said...

Olá! Estou inscrita no postcrossing e acabei por encontrar lá o teu perfil onde estava também o teu blog. Passei por aqui a espreitar e gostei bastante.

Agora quanto aos extremismos... são sempre perigosos, venham lá de onde vierem, porque usam mais a emoção cega e ignorante do que a razão. gente má e boa existe em todo o lado.... mas é pena que aqueles que mais batem com a mão no peito a pregar a palavra de um "Deus" cujo amor é infinito, sejam os primeiros a desrespeitar o próximo.

Continuação de bom blog, e pode ser que nos cruzemos mais algum dia!

Ana

 

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