Post parênteses: O Pelé dos técnicos
"Tiradentes, Tancredo, Telê.
Três mineiros que começam com T.
Os três morreram num 21 de abril.
O primeiro foi um mártir pela Independência do Brasil, que tardou.
O segundo foi um símbolo pela redemocratização e da esperança não cumprida.
O terceiro foi aquele a quem todos nós demos o coração."
Juca Kfouri
Foi-se o Pelé dos técnicos.
Lembro-me quando tinha 12 anos e estava passando férias em Porto Seguro.
Sentando num restaurante na praia com minha família, avistamos o então técnico Telê Sentana sentado com a esposa a algumas mesas de distância.
O coração bateu forte.
Com um sorriso e bom humor, Telê atendia todos os fãs com paciência de Jó.
À mão, um bloquinho e uma caneta bic para os autógrafos.
"Telê, sou seu fã. E atleticano. Volta pro Galo, Telê!"
Ele perguntou meu nome e deu o autógrafo. Guardei-o como um troféu.
Sensacional a frase do jornalista Jorge Kajuru e que resume bem Telê:
"Futebol é muito bonito para quem viu Ronaldinho, Tostão e outros.
Mas fora de campo, futebol é podre.
Telê conseguiu se sobressair sem pegar nessa sujeita.
É como passar 20 anos num chiqueiro e sair sem pegar cheiro de porco".
Telê Santana não daria certo trabalhando em Israel.
Era humano demais...
Descanse em paz, Telê!
2 Comments:
Esse fato em Porto Seguro tinha sido apagado da minha cabeça, mas foi só ler o seu post que eu lembrei - e muito bem lembrado. Estava lá o Telê, ainda bem de saúde, quietinho tomando uma cervejinha com sua esposa. Também lembrei de você pedindo a ele que voltasse para o Galo...
Boa lembrança.
Sem querer pautar o seu blog, como foi de Yom Hashoá?
Michel.
Não vi homenagem tão sincera em toda a imprensa brasileira.
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