quarta-feira, agosto 02, 2006

Uáquef, o ana batúrra!!!

Monótono.
Assim defino todas as shmirot ("guardas", explicado no post anterior) que sou obrigado a fazer lá na base de Mishmar Haneguev, no sul do país.
Não acontece nada. Ainda bem...

Na foto acima, vocês podem conferir uma das "vistas" que tenho dos postos de controle. Esse fica num dos "cantinhos" da base, de frente para o tzomet ("cruzamento") chamado Eshel Hanassí.
Como disse, nunca acontece nada.

Nas instruções que recebemos dos oficiais antes da shmirá, poucas ordens.
A mais interessante é sempre repetida: "se vocês virem alguém tentando entrar na base pela grade e tiver carregando uma arma, coloque o pente de balas e grite uáquef o ana
batúrra!!!" (pare, senão eu atiro - em árabe).
Instrutivo, não?

Enquanto isso, os foguetes Katyusha continuam caindo no norte.

Hoje, até as 5 da tarde, foram mais de 200.
Um habitante de um kibutz no norte foi atingido diretamente por um deles do lado de fora da sua casa, no jardim, e morreu na hora.

Não creio que a "guerra" vá acabar de um dia para o outro.
Israel já anunciou abertamente que caso o Hizballah devolva os soldados sequestrados, terminará com os ataques imediatamente.
Estamos esperando as soluções. Diplomáticas, à princípio....

No resto do país, o clima (fora de apreensão e em alguns lugares, medo) é de apoio irrestrito aos soldados israelenses.
Apoio moral, que seja.
Eu, por exemplo, que nem combatente sou, já escutei diversas vezes (na rua, no ônibus, no supermercado) a famosa frase "Tishmor al atzmechá", algo como "te cuida".
Demonstrações desse tipo são vistas por todo o lado.

Do lado de fora da tachaná merkazit de Jerusalém (a rodoviária), várias faixas foram colocadas em consideração a todos os soldados que podem ser sequestrados de uma hora para outra.
Nessa, que fotografei, o recado: "Soldado, com você por todo o caminho!"



ps1: A foto abaixo poderia ter sido tirada em qualquer ônibus que atravessa as estradas esburacadas do interior do Brasil.
Um pacato senhor de idade de chapéu de palha e bengala olhando a paisagem e pensando com seus botões tudo que passou pela vida.
Transbordando experiência.

Porém, essa foto não foi tirada no Brasil.
Essa é a linha 470, que liga a cidade de Beer-Sheva à capital Jerusalém.
Seu Sebastião, como o batizei, realmente aprecia a estrada.

O detalhe da foto não é muito perceptível: embaixo do chapéu, escondido porém presente, Seu Sebastião usa uma kipá.
Não deve ser Sebastião. Talvez seja Moshé...



ps2:

Separados no Nascimento 7 - sem comentários...


Não entenderam? Clique aqui!

6 Comments:

At 4:01 AM, Anonymous Anônimo said...

pra que time torce o seu sebastião?? tem cara de torcer pro CSA. beleza bean, vc consegue o e-mail ou o IP do IVAN?
to afim de discarregar uma M16 na orelha desse árabe brasileiro filho da globo. um abraço.

 
At 8:35 AM, Anonymous Anônimo said...

Bean!

Sempre leio, mas raramente deixo comentário. Então passei só pra registrar meu pensamento positivo...
Um abração e, sem querer copiar, "tishmor al atzmechá" e também "tishmor al artzeinu".

Abração.

 
At 9:30 PM, Anonymous Anônimo said...

Fala Bean

Tb virei leitor do teu blog. Olha um link ai http://www.eureferendum.blogspot.com/
É sobre a farsa das fotos q o hezbolah vem fazendo. O q existe nesse sentido ai em israel e o q fazem pra tantar rebater?
Falou
Abraço

 
At 10:42 PM, Anonymous Anônimo said...

ae bean - acho que nesse post voce foi muito poco detalhista!! fale da o pq da morte de tantos civis! detalhe mais - abraços

 
At 11:25 PM, Blogger Carlos Reiss said...

ô velho, quer ser detalhista, vai ler jornal.

O Blog do Bean não é para dar notícia. Apenas comento algumas coisas

Se você quer saber por que morreu tanto civil, pergunte ao RamatKal, pergunte ao primeiro-ministro, pergunte ao piloto que apertou o botão... não a mim.

Não sou a pessoa mais indicada pra responder por que morreu tanto civil.
Sei tanto quanto você.

 
At 7:21 AM, Anonymous Anônimo said...

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