O terror voltou
E parece mesmo que a coisa não tem fim.
Na última sexta-feira, mais um filhadaputa terrorista (com a vossa perdão da palavra - "filhadaputa", não "terrorista") se explodiu na entrada de uma boate em Tel-Aviv.
Mas antes de mais nada, é preciso não confundir as coisas e muito menos fazer como boa parte da mídia (e dos direitistas) fazem: generalizar. Vamos por partes.
Resumindo pra quem ainda não viu: um sujeito abarrotado de explosivos juntou os fiozinhos na fila de uma casa noturna na orla de Tel-Aviv. Quatro pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas. A Autoridade Palestina condenou o ataque e o grupo Jihad Islâmica reivindicou o ataque (eles ligaram hoje para a sede da Associated Press em Damasco).
Mas desta vez, houve uma diferença: o grupo anunciou abertamente a oposição ao governo do primeiro-ministro palestino Abu Mazen. E isso sim faz diferença.
O que pensar dessa vez? Raciocinemos juntos.
Há quase um mês, os dois lados (palestino e israelense, oficialmente falando) vêm mantendo um trégua informal. Isso quer dizer que comprometeram-se a não se atacarem. Quando vem um grupo declaradamente oposto e comete um atentado, isso quer dizer que não existe imediatamente nenhum motivo para quebrar a trégua oficial. Digo imediatamente.
Por que?
Porque o "inimigo" aparente não é Abu Mazen, não é a Autoridade Palestina.
A partir do momento em que exista e for provada alguma colaboração, cooperação ou "vista grossa" do governo palestino em relação aos grupos terroristas (o que acontecia na era-Arafat), a situação muda de foco. E o pau come.
A partir do momento em que exista e for provada alguma colaboração, cooperação ou "vista grossa" do governo palestino em relação aos grupos terroristas (o que acontecia na era-Arafat), a situação muda de foco. E o pau come.
Hoje, Sharon e seus amiguinhos encheram a mesa de Abu Mazen com nomes de "militantes" que querem ver presos. Esperemos então os próximos dias para conferir quais serão as ações da Autoridade Palestina e, a partir disso, poderemos prever e ver também as ações de Israel. Assim espero.
Que as retaliações exageradas na base da "responsabilidade coletiva" terminem, pois elas não levam a nada. Alguém aí não sabe o que é "responsabilidade coletiva"? Se quiserem, explico no próximo post...
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ps1: Hoje é noite de Oscar. Não que eu vá assistir, pelo contrário. Acho mais perda de tempo do que ver programa de leilão de gado na tv a cabo.
Mas queria chamar atenção para um detalhe: tem uma israelense no páreo.
A gracinha da Natalie Portman, que ficou conhecida pelo papel na nova trilogia de Star Wars (na qual interpreta a rainha Amidala), concorre ao Oscar de Atriz Coadjuvante. Tudo por causa de seu trabalho (brilhante, diga-se de passagem) no filme "Closer" ("Perto Demais"), que conta também com a Julia Roberts e o Jude Law. Filme que, aliás, fui assistir no cinema.
E quando ela resolve falar hebraico então, pelamordedeus, que gracinha!
Portman tem 23 anos, já estudou na Universidade Hebraica de Jerusalém e atualmente está rodando uma produção do "diretor cult" israelense Amos Gitai.
Na semana passada, a atriz filmou com o ator também israelense Aki Avni uma cena de beijos ardentes. Normal se a cena, considerada "picante", não fosse rodada perto do Kotel (Muro das Lamentações). A história está muito mal contada, mas reproduzo aqui o que li.
A equipe de produção do filme, incluindo os atores, foi expulsa do local por um grupo de ultra-ortodoxos (ou alguma facção deles), segundo o jornal Yediot Aharonot. De acordo com o próprio jornal, o cineasta não tinha autorização para filmar no local. (e como entraram com as câmeras, com um carro e toda a parafernalha?)
Mas deixa pra lá.
No fim das contas, bem que a Natalie Portman podia trazer a estatueta pra Israel. Pelo menos alguma coisa israelense fora do conflito ganharia destaque na mídia.
Para ler uma entrevista com a atriz sobre o filme (em inglês), clique aqui!
Para o site oficial do filme, clique aqui!
3 Comments:
Bean, desde agora jah desejo uma boa viagem! E estou esperando suas dicas, fotos, comentarios, etc, etc (tudo)... pra depois ir lah tambem!
Desculpe, Carlinhos Reiss
Só estou te escrevendo por pressupor que você é brasileiro também.
Todos os judeus que conheci, no Brasil, foram meus amigos.
Muitos árabes me faltaram; ou melhor: muitos descendentes de árabes me avacalharam.Mas não tenho a menor simpatia para com a atual liderança política do Estado de Israel.
Sou brasileiro e comunista. E, se você é brasileiro, sabe que isso tudo que ocorre aí, para nós ( brasileiros ), é ininteligível.
E se você fosse comunista, tentaria dar um fim a essa luta, a meu ver absurda.
Juro para você, por Marx, Engels e Lênin que preferia que essa guerra fratricida acabasse.
TORÇO POR SUA FELICIDADE; E TORÇO PARA QUE VOCÊ CONSIGA ACABAR COM A GUERRA; NÃO COM OS GUERREIROS.
Deixa eu te falar uma besteira ? Intaum, lá vai: se eu fosse Lula, daria para cada um de vocês, judeus e palestinos, um território em dobro, aqui no Brasil, em qualquer lugar ( MENOS NO RIO DE JANEIRO, CLARO ), para que ambos os povos vivessem felizes ( e infelizes ) como nós brasileiros vivemos.
TENHA SORTE NA SUA GUERRA: ACABE COM ELA.
Mil abraços.
DIA 17, O BRASIL JOGA NO MARACANÃ, AQUI NO RIO. TORÇA PELO BRASIL, POR FAVOR.
FELICIDADES.
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