Orgulho gay em Jerusalém?
Em Tel-Aviv é normal, mas em Jerusalém????
Os religiosos desse país estão sempre encrencando com alguma coisa.
Ontem, no jornal da noite, uma curta matéria me chamou a atenção. Vou tentar resumir.
Um grupo de homossexuais (ou alguma coisa do gênero) planeja, para o próximo verão, uma "Parada do Orgulho Gay Mundial" (Jerusalem World Pride) aqui em Jerusalém. Isso mesmo. Coisa grande mesmo. E, apesar da data já estar acertada (18 de Agosto), nada ainda está confirmado oficialmente. E a polêmica já começou.
Os argumentos:
Os organizadores defendem a idéia pelo fato de Jerusalém, que alguns dizem ter "paz" no nome (Yerushalaim - "yir" = cidade; "shalom" = paz), ser o local perfeito como símbolo da luta contra o preconceito e a discriminação. Segundo eles, não importa se serão judeus homossexuais, árabes homossexuais ou cristãos homossexuais. Será uma "grande festa de confraternização" (seja lá o que isso queira dizer) e trará muitos turistas a Jerusalém. Com eles, "euros e dólares".
Um dos possíveis organizadores é um dos secretários da prefeitura da cidade. Cidade que, aliás, é administrada por um judeu ortodoxo, ganhador das últimas eleições.
Assim, do outro lado da gangorra, entram os religiosos. Sempre eles. E nem precisa explicitar como abominaram a idéia.
Tenho o prazer de assistir aulas, todos os dias, com algumas francesas religiosas. Uma delas, sempre calada, soltou o berro hoje. Ficou vermelha. "Isso é um absurdo, não podem fazer esse desfile aqui!"
Na televisão, entrevistaram alguns dos principais rabinos da cidade. Falaram de Torá (a Bíblia), de vergonha, de Deus, de natureza...
Minha opinião? Não sou contra. Façam o que quiserem, cada um com sua preferência e sua luta. Posso até ir lá prestigiar, por que não. Ver as mulheres se agarrando entre elas (hehehehe). Quem sabe vender cerveja na rua, típico de brasileiro em dias de Copa do Mundo.
Para ler mais (em português), clique aqui!
Mais informações (em inglês), clique aqui!
ps1: E, para quem não acredita, aviso que mais um árabe salvou Israel.
Barid, meio-campo da seleção israelense, marcou o gol de empate contra a França, ontem à noite.
Mais uma vez, torcedores gritaram frases de ordem como "morte aos árabes". Felizes e ao mesmo tempo revoltados.
Só mesmo em Israel para que o futebol tome uma faceta tão desprezível. Para empurrar a equipe, a torcida não grita o nome dos jogadores. Não grita palavras de incentivo. Grita, quase sempre, o famoso slogan "Israel, milrramá!!!" (Israel, guerra!!!). Comentários?
Ah, e para quem acha que o Brasil não tem um bom time, que veja então essas duas seleções jogando. Uma lástima.
Para ler sobre o jogo (em inglês), clique aqui!
ps2: Li esses dias que irão transformar a casa de Ahhmed Yassin, o líder espiritual e fundador do grupo terrorista Hammas morto no ano passado com uma bomba na cabeça em Gaza, num museu!
Para quem não se lembra, Yassin era um senhor idoso, deficiente físico e de barbas brancas e longas, bem parecido com o personagem Saruman do "Senhor dos Anéis". Além disso, era também um famoso líder terrorista.
Seu funeral levou mais de 200 mil pessoas às ruas, e a decisão de torná-lo um mártir foi óbvia. É como eu sempre digo: violência gera violência, rancor gera rancor. Ação gera reação.
Na época, publiquei (não me lembro aonde) um artigo condenando o ataque do exército israelense. Fui apoiado por uns, criticado por outros. Vou procurá-lo na Internet e coloco o link aqui quando encontrar.
Para ler sobre o tal museu (em espanhol), clique aqui!
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