quinta-feira, março 03, 2005

Sim, são pesadas

Ontem começou a temporada "estude todos os dias e trabalhe se for capaz".
Tudo bem que a noiva parecia mais o Maradona, de tão grande. Mas ufa, como tive trabalho. Leva prato, traz prato, recolhe talher, traz cerveja, carreja bandeja... acho que foi um dos dias mais pesados lá em Ramat Rachel.
Uma loirinha religiosa, bem bonita por sinal, me fez um sinal para que trouxesse talheres limpos para ela. Quando fui entregar, ela me entregou uma das bandejas de pedra que estavam na mesa, já vazia, para que eu levasse pra cozinha.

"Nossa, como essa bandeja é pesada. Como vocês conseguem carregar tantas bandejas cheias assim?"

Minha resposta:

"Sim senhora, são pesadas."

Acho que por isso ganhei 20 shkalim de gorjeta. Se pensar que quando comecei a trabalhar lá, não conseguia carregar mais que 4 bandejas de pedra duma vez!. Hoje, consigo oito. Tudo é uma questão de técnica e força. Prazer, sou o garçom Bean!

ps1: E para quem achava que a saída síria do Líbano poderia trazer algo de esperança para Israel, enganou-se. Pelo menos é o que diz a matéria publicada no Jerusalem Post: Hizbullah: "Syria out' doesn't mean 'Israel in".
Aliás, o primeiro-ministro libanês renunciou e o presidente sírio Bashar El-Assad foi visto pelas bandas do Qatar dando entrevista a uma rede de telvisão local. Segundo Assad, "Israel não deve ter ilusões de estreitar relações com o Líbano".
Peraí, ele não é o presidente da Síria????

ps2: Morreu essa semana, aos 77 anos, uma das maiores lendas do Mossad, o serviço secreto (e às vezes não tão secreto) israelense.
Peter "Zvika" Malchin, responsável pela captura do SS Adolf Eichmann na Argentina nos anos 60, faleceu ontem nos Estados Unidos. A prisão de Eichmann (que alguns chama de sequestro) no solo argentino foi uma das mais bem sucedidas operações da história do serviço secreto israelense. Julgado em Jerusalém, Eichmann foi condenado a morte em 1962.
Zvika, sem dúvida alguma, faz parte da história de Israel. Deve ser reverenciado.
Para ler a matéria completa (em inglês), clique aqui!
A foto abaixo mostra Eichmann sendo julgado aqui em Jerusalém. Graças a Zvika.


Eichmann em Jerusalém

Ah, antes que eu me esqueça, recomendo aqui o livro "Eichmann em Jerusalém", da Hannah Arendt. Uma sensacional aula de História, Ciências Políticas, Psicologia e Jornalismo. Tudo junto.
Para uma curta resenha, clique aqui!
Para conhecer um pouco mais sobre a captura e o julgamento (em português), clique aqui!
Para conhecer a série de tv americana feita sobre o caso, clique aqui!

ps3: E já que tudo é assunto para marketing, resolveram jogar o conflito no meio.
Maurice Lévy, executivo-chefe da Publicis Group (uma agência publicitária com sede em Paris) está montando uma campanha publicitária milionária para promover alguma coisa que lembre ou ajude para a paz no Oriente Médio.
Como publicitário inventa cada coisa, tô esperando pra ver.Para ler a notícia (em português), clique aqui!

ps4: Alguém aí quer jogar gamão apostando grana pela internet? O site existe, mas eu, se for depender de ganhar dinheiro jogando gamão, morro de fome. Quem se habilita?

3 Comments:

At 5:14 PM, Anonymous Anônimo said...

Oi Carlos! Acabei de conhecer o seu blog, muito interessante por sinal! Parabéns!
Mas como não ando acompanhando sua vida em Israel, não entendi bem as "bandejas de pedra"... Voce está trabalhando em uma taberna?! beijos e boa sorte!

 
At 10:56 PM, Blogger Carlos Reiss said...

Oi Ludmila, tudo tranquilo?
Eu trabalho no salão de festas de um hotel aqui em Jerusalem, em festas de casamento. As bandejas de pedra são usadas pra servir carne, frango, peixe, arroz, batata e todas essas coisas.
A maioria das festas é tipo self-service, mas algumas temos que servir comida na mesa. Com bandeja de pedra...
Abração!

 
At 5:36 AM, Anonymous Anônimo said...

Fala BEAN, é o Jambol!!! Eu sempre leio seu BLOOOOOOOOOG... voce sabe disso.... to deixando a historia do Eichmann aqui que o Marcel me mandou. Abraço
Caso Eichmann
>
> Em 1960, o Mossad, a polícia secreta de Israel, invadiu a Argentina,
> capturou e retirou do país um dos mais procurados criminosos nazistas que
> fugiram após a Segunda Guerra
> Bruno Leuzinger
>
> Naquela noite, o ônibus que trazia Ricardo Klement do trabalho atrasou um
> pouco. Ele saltou no ponto de sempre, bem perto de sua casa, onde Vera e
os
> meninos o esperavam. A região era meio deserta e afastada do centro, mas
ele
> apreciava o isolamento. Dobrando a esquina, viu uma limusine preta parada,
> com o capô levantado. Do lado de fora, um homem checava o motor. Quando
> Klement passou, foi interrompido bruscamente: "Momentito!", disse o
> desconhecido, em um arremedo de espanhol. Era obviamente estrangeiro.
> Klement hesitou, e o estranho pulou em cima dele, tentando segurar seus
> braços. Ele gritou, se debateu e os dois caíram no chão. Logo surgiu um
> terceiro homem, depois mais outro, dominaram Klement e o botaram no banco
de
> trás da limusine. O carro partiu em disparada. Então o motorista virou-se
e
> disse em alemão: "Não se mova e ninguém vai machucá-lo. Mas se resistir,
> atiramos". Klement ficou em silêncio por uns segundos. Finalmente,
> respondeu, também em alemão: "Eu já aceitei o meu destino".
> Naquele 11 de maio de 1960 chegavam ao fim 15 anos de fuga. O homem magro,
> calvo e míope que trabalhava em uma fábrica da Mercedes-Benz e dizia se
> chamar Ricardo Klement era na verdade um dos criminosos nazistas mais
> procurados do mundo: Adolf Eichmann. "Seu papel principal foi coordenar as
> atividades práticas da implementação da 'solução final'", diz Efraim
Zuroff,
> diretor da sucursal de Jerusalém do Simon Wiesenthal Center, dedicado à
caça
> de nazistas. De seu escritório em Berlim, Eichmann organizava as rotas dos
> trens que seguiam para os campos de extermínio. Em outras palavras, era
ele
> quem carimbava as passagens de homens e mulheres de origem judaica
forçados
> a partir com destino a lugares cujos nomes ainda hoje provocam calafrios -
> Auschwitz, Treblinka, Birkenau.
> Entre o fim de abril e o começo de maio de 1945, o 3º Reich estava de
> joelhos e Eichmann viu que era hora de ir embora. Antes de partir, deu à
> mulher Vera quatro cápsulas de veneno, para ela e cada um de seus três
> filhos - Klaus, Horst Adolf e Dieter Helmut. "Se os russos vierem, mordam
as
> cápsulas. Se forem americanos ou britânicos, não precisa", disse. Em Ulm,
no
> sul da Alemanha, topou com um pelotão americano e foi levado para um campo
> de prisioneiros. Eichmann afirmou ser Adolf Barth, cabo da Força Aérea
> alemã. Foi transferido de campo várias vezes e sempre adotava um nome
> diferente. Após meses, conseguiu escapar com documentos que o
identificavam
> como Otto Heninger. Ele acabaria em uma localidade rural chamada Eversen.

> viveu alguns anos tranqüilo, criando galinhas.
> A guerra acabou, mas Eichmann não foi esquecido. Seu nome apareceu
diversas
> vezes nas 16 mil páginas que compuseram a transcrição do julgamento de
> Nuremberg, em que 24 membros da cúpula nazista foram acusados de crimes de
> guerra. Dieter Wisliceny, ex-colega e amigo seu (era inclusive padrinho de
> Dieter, o filho caçula), foi testemunha em Nuremberg e tentou salvar a
pele
> às custas de Eichmann. Em novembro de 1946, escreveu de sua cela uma carta
> pondo-se à disposição dos americanos para ajudar a encontrá-lo.
> A Alemanha tornou-se pequena demais para Eichmann, e em 1950 ele decidiu
> deixar o país. Atravessando os Alpes, chegou à Áustria e depois à Itália.

> encontrou a mesma rede de proteção que já havia permitido a outros
> criminosos nazistas escapar. Em nome da "ajuda humanitária", a Igreja
> Católica oferecia abrigo em casas seguras, e a Cruz Vermelha fornecia
> documentos. Eichmann foi acolhido por uma comunidade franciscana enquanto
> aguardava o momento de partir. No dia 14 de junho de 1950, o consulado
> argentino em Gênova lhe concedeu um visto de entrada. De seu próprio bolso
> ele pagou uma passagem de segunda classe no navio Giovanna C. e, em 14 de
> julho, desembarcou em Buenos Aires. Era o início de uma nova vida.
> A caçada
> Zvi Aharoni chegou a Buenos Aires em 1º de março de 1960. Sua missão:
> identificar e preparar a captura de Adolf Eichmann. Viajando com nome
falso
> e passaporte diplomático, Aharoni era agente do Mossad, o serviço secreto
de
> Israel. A primeira pista sobre o paradeiro de Eichmann surgira em 1957,
por
> meio de Lothar Hermann, um descendente de judeus cujos pais foram mortos
> pelos nazistas. Ele morara em Buenos Aires e sua filha Sylvia ficara amiga
> de um rapaz chamado Klaus Eichmann. O jovem visitara sua casa e, sem saber
> da ascendência da família, declarou ser "uma pena que Hitler tenha sido
> impedido de alcançar seu objetivo". Klaus dizia que seu pai havia sido
> oficial do Exército alemão e se recusava a dar seu endereço a Sylvia, mas
> ela acabou descobrindo com uma amiga: rua Chacabuco, 4.261.
> A história foi tratada com desconfiança pelo diretor do Mossad, Isser
Harel,
> e, durante quase três anos, o serviço secreto pouco fez para apurar sua
> veracidade. Mas novas informações levavam a crer que Eichmann estaria
> vivendo em Buenos Aires sob o nome de Ricardo Klement. Sua mulher e filhos
> teriam ido ao seu encontro, e os três rapazes continuaram usando o
sobrenome
> do pai. A Argentina já era conhecida por abrigar criminosos de guerra. "O
> governo os protegia, dava emprego e documentos e negava pedidos de
> extradição", afirma o jornalista e historiador argentino Jorge Camarasa,
> autor de Odessa al Sur - La Argentina como Refugio de Nazis y Criminales
de
> Guerra ("Odessa ao Sul - A Argentina como Refúgio de Nazistas e Criminosos
> de Guerra") e Los Nazis en la Argentina ("Os Nazistas na Argentina"),
> inéditos no Brasil.
> Aharoni também escreveu um livro com o jornalista alemão Wilhelm Dietl,
> intitulado Operation Eichmann - Pursuit and Capture ("Operação Eichmann -
> Perseguição e Captura", inédito em português). Na obra, explica que,
naquela
> época, qualquer embaixada israelense dispunha de um número de telefone que
> podia ser usado para contatar voluntários judeus dispostos a ajudar em um
> trabalho ou investigação, e o mais importante: sem fazer perguntas. Um
> funcionário da embaixada colocou uma relação de voluntários à sua
disposição
> e na companhia de um deles, "Roberto" (os nomes são fictícios), Aharoni
> dirigiu até a rua Chacabuco. Com o pretexto de entregar um carta para
> Ricardo Klement, Roberto foi ao prédio e descobriu que o apartamento do
> térreo estava vazio, sendo pintado. Se ele tinha morado ali, já havia se
> mudado.
> Em março, no entanto, ele conseguiu uma pista. Numa oficina mecânica perto
> da rua Chacabuco trabalhava o jovem com sotaque alemão identificado como
> Dito. Eles desconfiaram que era Dieter, filho mais novo de Eichmann. Nos
> dias seguintes, Aharoni seguiu-o depois do trabalho até a rua Garibaldi,
em
> uma área meio abandonada, sem água encanada ou energia elétrica. Mas era
> preciso confirmar se Dito era mesmo Dieter. No dia 12, Aharoni ordenou que
o
> voluntário "Juan" o procurasse na oficina. Juan voltou com a notícia:
"Tenho
> más notícias. Nós estamos seguindo o homem errado. O sobrenome de Dito não
é
> Klement. É Eichmann". Aharoni precisou disfarçar a empolgação.
> Mas faltava achar Adolf Eichmann. Aharoni o viu pela primeira vez em 19 de
> março. Passando de carro em frente à casa, observou um homem de
meia-idade,
> magro e calvo, que recolhia a roupa do varal. Perto dele, uma criança de
> cerca de 5 anos (Ricardo Francisco, filho de "Klement" e Vera, nascido na
> Argentina). Era ele, com certeza.
> A armadilha
> Em 24 de abril, começaram a chegar a Buenos Aires os agentes do Mossad que
> participariam da segunda etapa da "Operação Eichmann": a captura e
traslado
> para Israel. Além de Aharoni, agora identificado como um executivo alemão,
> vieram Avraham Shalom, Yaakov Gat e Efraim Ilani. Em outra leva, para não
> chamar a atenção, desembarcaram Yitzhak Nesher, Zeev Keren (responsáveis
por
> alugar as casas que seriam usadas de esconderijo e os carros para o
> seqüestro), Zvi Malchin (um homem forte, a quem caberia a missão de
segurar
> Eichmann), o chefe da missão Rafi Eitan, o diretor do Mossad, Isser Harel,
> mais o médico, identificado apenas como "Doutor", encarregado de manter o
> prisioneiro saudável. Por último, chegou Shalom Dany, perito em documentos
> falsos.
> Eles alugaram duas casas que serviriam como opções de esconderijo e o
agente
> Keren construiu numa delas um pequeno quarto com uma porta secreta onde o
> prisioneiro ficaria em caso de visitas inesperadas. Eles compraram dois
> carros, uma limusine Buick preta e um Chevrolet. Ambos foram levados ao
> mecânico para uma revisão completa. Decidiu-se que Aharoni, que conhecia
> melhor a cidade, dirigiria a limusine - o carro onde Eichmann seria
> colocado.
> O alvo da operação continuava sob constante vigilância. Os agentes
> descobriram que todo dia ele descia do ônibus vindo do trabalho às 19h40,
> hora em que a rua costumava estar vazia. Seria o momento certo de atacar.
> Faltava só combinar a data. A idéia era que o intervalo entre o seqüestro
e
> a fuga fosse o menor possível; quanto mais tempo mantendo Eichmann
> prisioneiro em Buenos Aires, maior a chance de a polícia ser acionada. O
> transporte para Israel seria no vôo de volta de um avião comercial da El
Al
> que traria o ministro do Exterior israelense Abba Eban para a comemoração
> dos 150 anos de independência da Argentina. De início, o ministro chegaria
> em 12 de maio, e a aeronave retornaria a Israel no dia seguinte. O
seqüestro
> foi marcado para o dia 10. Quando se soube que o avião só chegaria no dia
> 19, o grupo resolveu adiar a operação por 24 horas. Todos estavam tensos e
> ansiosos para que tudo acabasse logo.
> Em 11 de maio, na hora combinada, 19h25, Aharoni estacionou a limusine na
> rua Garibaldi. Malchin e Keren saíram do carro e o segundo se escondeu
atrás
> do capô. Rafi Eitan ficou deitado no banco de trás. O Chevrolet, com
> Avraham, Yaakov Gat e o Doutor, parou um pouco mais longe. Se durante a
fuga
> acontecesse algum acidente ou qualquer problema com a limusine, os agentes
e
> o prisioneiro seriam levados para o Chevrolet. O relógio deu 19h40, mas
nada
> de Eichmann. O combinado era esperar até 20h. Cinco minutos depois das
20h,
> Avraham saiu do carro e vinha em direção à limusine, quando um ônibus
parou
> no ponto e um homem saltou. Avraham correu de volta para o Chevrolet e
> acendeu os faróis. Era Eichmann.
> Aharoni o observava com os binóculos quando ele pôs a mão esquerda no
bolso.
> Seria uma arma? Com um sussurro alertou Malchin: "Ele está com a mão no
> bolso. Cuidado, pode ser um revólver". Aharoni ligou o motor do carro.
Três
> segundos depois, Eichmann passou ao lado de sua janela e foi barrado por
> Malchin: "Momentito!"
> O seqüestro
> Eichmann não estava armado - nem os agentes. A limusine seguiu pela rua
> Avellaneda por 800 metros e então parou para que Zeev Keren descesse e
> trocasse rapidamente as placas do carro; em vez das chapas comuns, agora
> eles tinham novas, azuis, de carro diplomático, para combinar com
documentos
> falsos de diplomata austríaco que Aharoni levava. O prisioneiro estava
> deitado no chão, com um cobertor em cima. Chegaram finalmente na casa. O
> carro estacionou na garagem e os ocupantes entraram pela porta que dava
> acesso direto à cozinha.
> Vendado com óculos de motociclista cobertos com fita adesiva, Eichmann foi
> levado até o segundo andar, onde um quarto tinha sido preparado para ele.
No
> lugar das janelas, colchões tornavam o ambiente à prova de som.
Deitaram-no
> na cama, despiram-no, e o Doutor examinou seu corpo em busca de cápsulas
de
> veneno. Vestiram-no com pijamas e a perna esquerda foi algemada à cama. O
> interrogatório começou às 21h15. Aharoni fazia as perguntas. Qual era o
nome
> do prisioneiro? "Ricardo Klement". E como ele se chamava antes? "Otto
> Heninger". A resposta deixou Aharoni intrigado; ele não sabia que Eichmann
> adotara identidade de Otto Heninger na Europa. Mas as perguntas seguintes
> tiveram a resposta esperada. Quando era sua data de nascimento? "19 de
março
> de 1906". Local de nascimento? "Solingen". E qual foi seu primeiro nome?
> "Adolf Eichmann". Aharoni esticou a mão para cumprimentar Avraham, do
outro
> lado da cama.
> Em 20 de maio, o prisioneiro foi avisado de que era hora de partir.
Vestido
> com uma roupa semelhante à da tripulação da El Al (camisa branca e gravata
> preta), Eichmann foi sedado. A droga o impediria de falar, mas com ajuda
> poderia se locomover quase normalmente. Partiram às 21h.
> O aeroporto estava vazio, não havia outros vôos programados para aquele
dia.
> O carro parou perto do ônibus da companhia - cujos verdadeiros tripulantes
> não tinham idéia do que se passava. Yaakov e o Doutor, também vestidos
como
> tripulantes da companhia aérea, ajudaram Eichmann a subir a escada e
> entraram no avião com ele. Para todos os efeitos, eram dois membros da
> tripulação amparando um colega doente. O Doutor sentou atrás de Eichmann e
> até a decolagem manteve uma seringa espetada em seu braço. Aharoni, Isser
> Harel e o resto da equipe aguardavam a hora de embarcar, mas o tempo foi
> passando e nada de eles serem liberados. Pouco antes da meia-noite
apareceu
> um funcionário esbaforido pedindo desculpas pelo transtorno. Com todos
> finalmente a bordo, o avião decolou à 0h04. A aeromoça perguntou se Zvi
> Aharoni gostaria de alguma coisa para comer. "Não, obrigado. Mas quero um
> uísque. Duplo."
> Às 7h20 da manhã de 22 de maio, a aeromoça avisou: senhoras e senhores,
> estamos entrando em espaço aéreo de Israel. Caso encerrado.

 

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