segunda-feira, abril 30, 2007

Antes tarde...

Anunciado o que todos já sabiam.
O primeiro-ministro Ehud "Didi Mocó" Olmert, o ministro da Defesa Luis Inácio Peretz da Silva e o ex-Ramatcal Dan Halutz tiveram responsabilidade direta com a lambança e o fracasso na guerra contra o Hizbollah, em julho do ano passado.

Quem diz isso agora não sou eu.
Não é um comentarista político e muito menos um taxista.
Quem afirma é o juiz Eliyahu Winograd, relator do famoso Comitê Winograd - criado justamente para apontar os erros do Executivo e das Forças Armadas no conflito no Líbano.

Hoje o relatório da comissão foi entregue ao primeiro-ministro e divulgado ao público numa coletiva de imprensa.
Abaixo, o velhinho Winograd entrega o "atestado de imcompetência" ao premiê israelense.



O que acho de tudo isso?
Em primeiro lugar, não é preciso uma CPI para afirmar que os "3 patetas" foram responsáveis pela guerra furada.
Em segundo lugar, tudo isso só serve para ressucitar (mais uma vez) alguns dinossauros políticos louquinhos para abocanhar a cadeira de primeiro-ministro.
Estou falando do "quase-esquecido" Bibi Cachorrão Netanyahu.

Com Bibi, a chapa quente do Irã começa a esquentar.
Mas antes, o
"sai - não sai" de Ehud Olmert ganhará as manchetes dos jornais durantes algumas semanas. Basta ficar de olho nas notícias.
Isso se algum escândalo sexual não roubar as primeiras páginas durante esse tempo...

Abaixo, o homem que comanda a comissão que já causa um "tsunami político" em Israel: o juiz Eliyahu Mr. Magoo Winograd.



Falei sobre o relatório da comissão hoje na Rádio França Internacional.
Para ouvir o boletim (sem piadinhas), é só clicar aqui! (a partir do minuto 1´26)

ps1: A foto abaixo foi tirada numa dessas tradicinais barraquinhas de falafel em Jerusalém.
O falafel é o fast-food oficial do Oriente Médio.

No caso de uma "comidinha rápida", visite este quiosque.
Tem falafel, shwarma e homos.

Pois é. Se você quiser seu falafel com humus, procure outro lugar.
Mas se você tiver qualquer outra opção sexual, ouvi falar que nesse lugar com certeza você se dará bem.
Sem trocadilhos...



ps2: Para manter o nível "engracista" deste post, mais um Separados no Nascimento.
Estavam com saudade?



ps3: Para terminar, uma pequena canção que há meses toca nas rádios (e no meu som).
Já falei sobre ele aqui: Mosh ben Ari.

A música "Masah u Matan" ("Negociação") faz parte do novo álbum de Mosh, de mesmo nome.
Vale a pena "dar play" e deixar tocar...


quinta-feira, abril 26, 2007

De volta ao Planeta dos Macacos...

ou, em outras palavras, como estragar a imagem de um país em meia hora...

Depois de várias picanhas, sushis e coxinhas de catupiry, cá estou eu novamente num dos países mais temidos pelos brasileiros.
Logo eles, acostumados a assaltos em sinais de trânsito e sequ
estros relâmpagos.
País em que, como disse meu amigo Léo, você apanha, faz papel de palhaço, toma cusparada na cara e não abandona de jeito nenhum.

Estou falando, dentre outras coisas, do caos aéreo - que me fez reduzir em 250% meu tesão de pisar em terras brasileiras depois de mais de um ano, em que até no Exército Israelense tive que me aventurar.



Tudo começou com um aparentemente tranquilo vôo da Iberia de Madrid para São Paulo.
Vôo que pousou no Rio, onde fomos obrigados a ficar quase 3 horas dentro da aeronave fechada sem nenhuma explicação plausível.
Depois do desembarque ao meio-dia, fui para um hotel. Às 5 da manhã, outra tentativa de embarque frustrada.
No fim, chegamos em Curitiba às 20h30 do domingo - ao contrário das 13h do sábado.

Lembro-me constantemente do desabafo do comandante do vôo espanhol, irritadíssimo com a situação e dizendo ser incompreensível o fato da aeronave não receber autorização de pouso na "capital econômica do Brasil".

Os culpados?
Não me importa.
Precisaria de criar mais uns 8 blogs para contar todas as merdas em todos os vôos. Mas o que me importa é a sensação constante que o brasileiro tem que lá, apesar de chutado e cuspido todos os dias, é possível construir uma vida decente.

Aqui em Israel, apesar do povo extremamente mal educado, da comida picante e dos acidentes de automóveis, sim é possível construir uma vida decente.
Sem assaltos, sem sequestros (ou tentativas), sem bala perdida, sem ser feito de palhaço em aeroportos e sem ser extorquido ou aterrorizado por causa de telefonemas de marginais.

Posso me arrepender disso tudo amanhã e voltar para o Brasil.
Não nego.
Mas voltarei com a certeza, além de ser chutado e cuspido, de que o Brasil não é o lugar ideal para nada...

ps: como perceberam, Blog do Bean de volta a ativa - com os tradicionais vídeos, fotos e áudios!
Em breve a novidade que prometi!